Reforço de competências digitais de licenciados no desemprego

O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) é um dos seis primeiros politécnicos portugueses a avançar com um programa de formação em tecnologias de informação (TI) dirigido a licenciados em situação de desemprego, no âmbito da «Parceria Competências Digitais+», que foi lançada na passada semana em Leiria, numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa.

Tratou-se de um arranque que foi assinalado com a assinatura dos respetivos protocolos de cooperação, celebrados entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e os politécnicos que vão dinamizar as redes regionais de formação e especialização digitais.

Para além do IPS, responsável pela rede de Setúbal-Palmela, estão também abrangidos, nesta primeira fase, os politécnicos de Leiria (Oeste), Cávado e Ave, Bragança (Nordeste Transmontano), Castelo Branco e Viseu, aos quais caberá a responsabilidade de desenhar os percursos formativos em parceria com empresas de referência, tendo em vista as necessidades específicas dos mercados regionais de emprego.

Em conjunto com várias empresas da região, o IPS avançará com a ação «Transformação Digital Centrada nas Pessoas», que contempla 50 formandos e um total estimado de 750 horas de formação, entre as componentes teórica em sala de aula e prática em contexto de trabalho.

A parceria, inscrita no «Eixo 3 – Qualificação, da Iniciativa Nacional Competências Digitais INCoDe.2030» prevê abranger globalmente até 1.500 formandos – desempregados com formação superior, inscritos nos serviços de emprego e a beneficiar, ou não, do respetivo subsídio –, dispondo de um financiamento de 3,5 milhões de euros até ao final de 2019.

Pretende-se assim apoiar quem, embora possuindo qualificações de nível superior, revele dificuldades de inserção no mercado de trabalho, nomeadamente por desajustamento de competências face às novas exigências e aos novos desafios laborais em plena economia digital.

 

Nota: foto Instituto Politécnico de Leiria

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