Como manter os colaboradores motivados?

A motivação dos colaboradores nas organizações é um tema mais complexo do que muitas vezes se pode pensar. Estamos a falar de pessoas, todas elas diferentes e todas elas com necessidades diferentes. Temos de conhecer bem a nossa equipa para ter sucesso neste processo, mas também conhecer bem a nossa realidade e adaptar estas estratégias ao sector, às pessoas e ao momento.

Texto: Mónica Bastos

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Em grande parte das empresas, as maiores dificuldades, muitas vezes, prendem-se com a resistência interna ao investimento, com recursos e com a inadequação da estratégia adotada, nomeadamente na gestão de emoções e de expectativas de cada colaborador.

Com a atual realidade, em que já não existe o «emprego para a vida», temos de conseguir reter os talentos; e para isso é fundamental que os colaboradores se sintam reconhecidos, não só financeiramente, mas também emocionalmente.

Existem vários indícios a que devemos estar atentos para perceber se um colaborador não está motivado. Desde a baixa de produtividade a atrasos ou qualidade do serviço prestado, ausências ao trabalho, conflitos com os colegas e chefias, apatia ou indiferença, a tendência para procrastinar, o desinteresse, entre outros.

Uma estratégia de motivação que funciona com um colaborador pode não funcionar com outro, e inclusive com a mesma pessoa a estratégia pode gerar resultados diferentes mediante a fase da vida que esteja a atravessar.

Quando falamos de estratégias que possam ser mais ou menos eficazes para motivar as pessoas numa organização, estamos perante uma questão que não é linear. Depende de pessoa para pessoa. Uma estratégia de motivação que funciona com um colaborador pode não funcionar com outro, e inclusive com a mesma pessoa a estratégia pode gerar resultados diferentes mediante a fase da vida que esteja a atravessar. É essencial conhecermos as motivações individuais de cada pessoa, de cada colaborador.

No fundo, o que está aqui também em debate é se as estratégias de motivação numa empresa ou noutro tipo de organização devem ser uniformes para todos os colaboradores ou adaptadas a cada um. Na minha opinião, deve haver um pacote «universal» de incentivos, mas a estratégia a usar deve ser adaptada caso a caso. Cada pessoa tem as suas próprias necessidades, que inclusivamente podem mudar mediante a situação de vida em que se encontra, na linha do que aliás acabo de referir. Por isso, acredito que deverá haver benefícios comuns e individuais, sendo que estes últimos devem ser adaptados não só à pessoa mas também ao momento que atravessa. Daí a necessidade de, em qualquer organização, estarmos sempre próximos das pessoas.

Importa ainda destacar a importância de perceber se as estratégias de motivação que colocamos em prática estão a ter sucesso. É um aspeto essencial. Precisamos de ver se nos comportamentos ou nas atitudes que víamos anteriormente há melhorias – se houve uma inversão em situações como baixa produtividade, ausências ao trabalho, conflitos com os colegas e as chefias, apatia ou indiferença, tendência para procrastinar e desinteresse. Todas as melhorias que conseguirmos vislumbrar neste campo tão vasto, são indicativas de que uma estratégia de motivação dos colaboradores está a ter sucesso.

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»»»» Mónica Bastos, Area Manager Centro, Nortempo

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