Escassez de candidatos é a maior dificuldade no recrutamento em Portugal

A EGOR, um grupo de capitais portugueses, que atua desde 1986 nas áreas da consultoria de gestão de recursos humanos, revela os resultados de um questionário efetuado este mês a 35 empresas portuguesas da área metropolitana do Porto, no decorrer do evento «Atualiza RH». Em média, as empresas contrataram 24 novos funcionários em 2024, menos 13% do que o ano anterior, e apontam a escassez de candidatos como a maior dificuldade no recrutamento, considerando ainda que o governo português é parcialmente desfavorável ao sector empresarial.

As empresas inquiridas representam sobretudo a indústria portuguesa e sectores próximos, como o transporte e a logística. O inquérito revela que quase 90% das empresas (89%) consideram a escassez de candidatos a maior dificuldade no recrutamento em Portugal; as outras razões, com menor representação, são a falta de candidatos qualificados, a dificuldade em reter talento e expectativas salariais elevadas.  

De acordo com os inquiridos, as questões orçamentais são o principal impedimento ao crescimento do recrutamento: metade das empresas considera as questões orçamentais relevantes, enquanto cerca de 22% indica que, além destas, a legislação é um fator que dificulta a contratação de novos funcionários.

Em média, as empresas portuguesas contrataram 24 novos funcionários em 2024 – menos 13% do que em 2023. Contudo, a maioria dos empresários também aponta que pretende contratar novamente nos restantes três meses deste ano – mais de 60% das empresas ainda pretendem contratar em 2024. O próximo ano também foi contemplado: em média, as empresas indicam que vão, pelo menos, contratar 15 novos funcionários em 2025, sendo que 44% admite que ainda não fez as contas ao próximo ano.

Os fatores decisivos no perfil de um candidato são, por ordem de relevância: experiência profissional, soft skills, e remuneração expectável. Em média, estes representantes da indústria têm atualmente cerca de 170 funcionários, e metade dos inquiridos tem as equipas presencialmente no local de trabalho, todos os dias da semana.

Neste momento de debate do Orçamento de Estado, os empresários estão na expectativa de ver as orientações que possam advir do documento em termos de políticas económicas. No entanto, há um sentimento generalizado entre os empresários de que a conjuntura económico-política dos últimos 20 anos não tem sido muito favorável às empresas, ao investimento e ao empreendedorismo.

João Lourenço (na foto), diretor executivo da The Bridge Norte, que integra o Grupo EGOR, assinala: «Sabendo que os empresários são, por definição e também por inerência, pessoas com um elevadíssimo grau de auto-motivação, não deixará de ser importante que toda a sociedade, de uma maneira geral, contribua positivamente para um clima que seja favorável ao investimento, ao sucesso do sector empresarial, ao empreendedorismo, às novas ideias para se fazer mais e melhor, pois não há nada mais forte do que um círculo vicioso positivo.»

A EGOR é um grupo português especializado em consultoria e gestão de negócios na área de recursos humanos. Fundado em 1986, efetuou recentemente um rebranding da marca EGOR e criou duas marcas: The Bridge, especializada em trabalho temporário, e Synchro, dedicada a outsourcing. A marca EGOR mantem a titularidade das áreas de recrutamento, formação e desenvolvimento e ainda consultoria.

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