Gestão estratégica da mudança

A adaptabilidade

Texto: Raquel Andrade/ José Fernando Barata Imagem: Freepik/ 8photo

Assim, a Gestão de Recursos Humanos desempenha um papel central no processo de mudança, atuando como facilitadora para transformar a cultura organizacional e para promover comportamentos alinhados com as orientações estratégicas.

O apoio às lideranças, para que estejam preparadas para gerir a mudança e a promoção de uma mentalidade de aprendizagem contínua e de resiliência entre os colaboradores, devem ser encarados como prioridades.

A adaptabilidade potencia-se através do desenvolvimento de competências, de uma gestão eficaz da comunicação e da criação de um ambiente de estímulo e de valorização da inovação. Empresas que investem em programas de desenvolvimento de liderança, promovem a inteligência emocional e oferecem suporte psicológico tendem a ser mais bem-sucedidas na adaptação a cenários disruptivos. Ao mesmo tempo, estão a contribuir para o cumprimento de obrigações legais, enquanto empregadores, ao garantir a formação contínua dos seus trabalhadores – inclusive de posições de liderança – e a adotar medidas de prevenção em matéria de saúde no trabalho. Para este efeito, é importante ter em consideração que a lei prevê que, no âmbito da formação contínua, o empregador deve promover o desenvolvimento e a adequação da qualificação do trabalhador, tendo em vista melhorar a sua empregabilidade e aumentar a produtividade e a competitividade da empresa.

Neste contexto, a lei estabelece igualmente que cada trabalhador tem direito, em regra, a um número mínimo de 40 horas de formação profissional por ano, sendo da responsabilidade da empresa garantir esse acesso à formação profissional, seja através de ações desenvolvidas na empresa como através da concessão de tempo para frequência de formação por iniciativa do trabalhador – aspeto este que, muitas vezes, é valorizado pelo trabalhador.

Além disso, a flexibilidade organizacional, com políticas de trabalho remoto – desde esquemas fixos a esquemas híbridos que podem atualmente ser configurados legalmente como modalidades de teletrabalho, com todas as consequências daí decorrentes – e a reconfiguração de estruturas hierárquicas mais ágeis, tem-se mostrado uma ferramenta poderosa para responder rapidamente às mudanças. Por fim, a participação ativa, a transparência no processo de mudança e o compliance com todas as obrigações legais nesta matéria são essenciais para garantir o envolvimento e reduzir resistências.

A adaptabilidade, hoje, não é apenas uma competência desejável, mas uma exigência para o sucesso sustentável num ambiente dinâmico e competitivo.

Raquel Andrade, Managing Consultant na SHL Portugal


A SHL Portugal é uma empresa de consultoria estratégica e de tecnologia para a gestão do talento, representante das soluções do Grupo SHL, que tem uma posição de destaque mundial em assessment talent analytics. A SHL Portugal opera em cinco países de língua portuguesa e trabalha com centenas de organizações, dos sectores público e privado. A celebrar 45 anos em 2024, tem apostado na inovação e na vanguarda da tecnologia para a gestão do talento.

José Fernando Barata, Managing Associate na VdA


A sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA) é uma organização vibrante e inquieta, inovadora, que se afirma nas aspirações de um coletivo que quer ser parte ativa da solução para os desafios sociais e ambientais que enfrentamos enquanto sociedade, mobilizando pelo exemplo de respeito, justiça e humanidade. Orgulhosa da sua história, a VdA constrói o futuro assente numa cultura que a distingue e que une em torno de um desígnio comum. Uma cultura fundada na consciência de que a cidadania é a âncora da sua prática e que faz dela uma organização aberta, inclusiva e solidária, focada nas pessoas e na justa oportunidade de realização de cada uma.

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