Liderando a gestão do portfólio hospitalar da GSK, Tânia Saraiva destaca que faz parte de «uma empresa que tem na sua base uma cultura de desenvolvimento e liderança, permitindo que os colaboradores atinjam o seu potencial pleno». E no seu caso, assinala, não foi diferente.
Texto: Redação «human» Foto: DR
Como olha para o seu percurso na GSK?
O meu percurso na GSK tem sido extremamente gratificante e desafiante. Desde que me juntei à empresa, há oito anos e meio, tive a oportunidade de constantemente responder a novos desafios que me fizeram crescer, tanto profissional como pessoalmente.
Faço parte de uma empresa que tem na sua base uma cultura de desenvolvimento e liderança, permitindo que os colaboradores atinjam o seu potencial pleno. Comigo não foi diferente: comecei como brand team lead (área de marketing) e, em oito anos, tive a confiança da GSK para aumentar as minhas responsabilidades e alcançar um lugar na equipa de liderança da empresa. Atualmente, sou diretora da unidade de negócio de Oncologia e Specialty Care, áreas que se focam essencialmente em terapêuticas de âmbito hospitalar. Isto é algo que me apaixona particularmente, porque todos os dias trabalhamos para levar inovação a quem mais precisa com um verdadeiro impacto positivo nas suas vidas.
Esse percurso revelou novos desafios significativos, sobretudo comparando com o percurso antes da GSK?
Sim, o meu percurso na GSK trouxe-me novos desafios e, muitas vezes, tirou-me da zona de conforto, que é, nada mais nada menos, a zona de aprendizagem e de crescimento. Comparando com as minhas experiências anteriores, que foram a base para o desenvolvimento das minhas competências técnicas e o conhecimento na indústria farmacêutica, a GSK adicionou uma nova escala de complexidade, que me exigiu uma abordagem mais estratégica, colaborativa e de liderança. Enfrentei os desafios iniciais da liderança informal de quem trabalha em matriz e, posteriormente, a responsabilidade de liderar equipas, onde aprendi a importância da empatia e da sensibilidade pessoal para adaptarmos as nossas ações às diferentes necessidades das equipas.
Como vê o mundo do trabalho atual, sobretudo fazendo um contraponto com aquele que encontrou no início da sua carreira?
O mundo do trabalho tornou-se muito mais dinâmico e a tecnologia e a transformação digital têm uma presença inequívoca no nosso dia-a-dia, promovendo a eficiência e a colaboração global.
Assistimos a várias alterações a nível social, em grande parte resultantes dos ensinamentos da pandemia, que aceleraram esta transformação e levaram a maioria das empresas, entre as quais a GSK, a posicionar-se prontamente: existe um foco maior no equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e no bem-estar das equipas. Questões como flexibilidade, desenvolvimento contínuo, diversidade e inclusão são pilares que garantem que os nossos colaboradores têm um sentido de pertença na organização e estão motivados para dar o seu melhor.
Como define trabalhar na GSK?
Trabalhar na GSK é muito gratificante. A experiência tem sido continuamente enriquecedora e sinto-me, verdadeiramente, privilegiada por trabalhar numa empresa que é um «Great Place To Work» em todos os sentidos.
Há uma preocupação permanente com o bem-estar dos colaboradores, fomentando o seu envolvimento em iniciativas que promovem o desenvolvimento e a saúde tanto física como mental. Sinto-me igualmente orgulhosa por estar numa empresa com uma cultura inclusiva e que tem um impacto positivo na saúde das pessoas em todo o mundo, não só pelo empenho no acesso à inovação em saúde, mas também pelas responsabilidades social e ambiental, que reforçam o nosso compromisso com a comunidade e com o planeta, respetivamente.
«O meu percurso na GSK trouxe-me novos desafios e, muitas vezes, tirou-me da zona de conforto, que é a zona de aprendizagem e de crescimento. Comparando com as minhas experiências anteriores, adicionou uma nova escala de complexidade, que me exigiu uma abordagem mais estratégica, colaborativa e de liderança.»
O que destaca nas práticas de recursos humanos da empresa?
Como sabemos, o maior património de uma empresa são as suas pessoas, por isso destaco o compromisso da GSK em ter colaboradores motivados e orgulhosos de trabalhar numa empresa onde podem ser eles próprios e atingir o seu pleno potencial. Valores como a diversidade, a equidade e a inclusão estão sempre presentes e garantem que todos somos ouvidos e que as diferenças enriquecem as equipas e potenciam a performance.
Destaco duas medidas que me deixam muito orgulhosa e que tornam a GSK numa empresa exemplar na igualdade de género e na proximidade à família: todos os colaboradores da GSK que vão ser pais/ mães têm direito a 18 semanas de licença de maternidade/ paternidade pagas a 100%, tal como a possibilidade de usufruir de quatro semanas de licença paga para cuidar de familiares de primeiro grau em estado de saúde crítico ou fim de vida. A GSK investe em diferentes formas de formação e desenvolvimento, como mentoria, coaching e iniciativas que promovem o bem-estar dos colaboradores, com o objetivo de corresponder ao feedback anual dos colaboradores e apoiar o crescimento e a satisfação de todos.
Como se sente em termos de apoio no seu desenvolvimento pessoal?
Recentemente, foi publicado um estudo da StandoutCV, que refere a GSK como uma das 10 melhores empresas para progredir na carreira, com uma taxa de promoção de 48,8%. Como reflexo desta cultura, tenho-me sentido apoiada no meu desenvolvimento pessoal e profissional. Todos os colaboradores discutem e alinham com o seu manager um plano de desenvolvimento baseado no que são as suas motivações e os seus interesses de progressão. Na GSK, valorizamos uma cultura de feedback contínuo, que nos permite aprender através de outros pontos de vista e, por isso, o apoio dos meus colegas, equipas talentosas e líderes, tem sido fundamental para o meu crescimento.
Pode falar-nos um pouco de como equilibra trabalho e vida pessoal?
O tema do equilíbrio pessoal/ profissional tem sido um desafio constante ao longo da minha vida, principalmente após ser mãe. Por um lado, na GSK tenho encontrado um ambiente que apoia esse equilíbrio, por outro, depende de nós a priorização e a gestão do tempo, tal como o estabelecimento de limites entre o trabalho e a vida pessoal. Para a GSK há uma clara preocupação em manter esse equilíbrio e que possamos estar bem nas diferentes vertentes da nossa vida, porque acreditamos que pessoas felizes estão na base de organizações produtivas. Para além das medidas que já destaquei de apoio à família, existe flexibilidade, como o trabalho de forma híbrida, tanto em teletrabalho (com respetiva compensação por despesas adicionais) como em escritório (com matraquilhos, ginásio e massagens semanais), horários flexíveis; e, desde 2024, os colaboradores também podem usufruir do dia de aniversário livre, subsídio de casamento e apoio com bens essenciais aquando do nascimento de um filho ou de uma filha.
Há competências que se destacam mais na sua vida profissional? Pode especificar algumas? Por exemplo, ao nível da liderança?
Posso dizer que sim, embora as minhas competências tenham mudado ao longo dos anos com as diferentes experiências profissionais que fui tendo. Algumas competências que se destacam na minha vida profissional incluem a capacidade de liderança, a comunicação eficaz, o pensamento estratégico e uma enorme vontade de encontrar soluções. Ao nível da liderança, tem sido essencial a empatia, a capacidade de inspirar e motivar as equipas e a tomada de decisões com o cuidado de explicar às pessoas as razões por detrás das mesmas. A capacidade de me colocar nos pés dos outros é algo que tem sido essencial para o meu crescimento enquanto líder, e tenho mantido sempre a curiosidade em conhecer ou entender melhor outros pontos de vista. E, acima de tudo, tenho a humildade de conhecer as minhas fragilidades, procurando o feedback e reconhecer que as competências que me trouxeram até aqui podem não ser as que me levam para outros desafios e sucessos.
«Trabalhar numa área com um forte impacto social traz-me uma grande satisfação. Saber que o meu trabalho contribui não só para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas, como também aumenta a sustentabilidade do ecossistema de saúde como um todo, é extremamente gratificante e traz um enorme sentido de realização pessoal.»
O facto de trabalhar numa área em que a responsabilidade social tem um forte impacto traz-lhe motivos de satisfação adicionais?
Sem dúvida. Trabalhar numa área com um forte impacto social, como é a área da saúde, onde se insere a indústria farmacêutica, traz-me uma grande satisfação. Saber que o meu trabalho contribui não só para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas, como também aumenta a sustentabilidade do ecossistema de saúde como um todo, é extremamente gratificante e traz um enorme sentido de realização pessoal. Fazer a diferença em áreas extremamente especializadas, como é o caso da oncologia ou de outras doenças graves, que requerem terapêuticas inovadoras, tal como as que existem na minha unidade de negócio, é saber que mudamos vidas e que acrescentamos tempo de qualidade a muitas famílias. A missão da GSK é «unir a ciência, a tecnologia e o talento, para, juntos, vencermos as doenças», e reconheço-a todos os dias, fazendo do meu dia-a-dia mais do que um simples trabalho – um propósito.
E o facto de trabalhar num ambiente multinacional?
Trabalhar num ambiente multinacional é uma experiência muito enriquecedora. Permite-me colaborar com pessoas de diferentes culturas e com perspetivas diversificadas. A complexidade de trabalhar numa multinacional e a nossa capacidade local de adaptar as diretrizes globais também sido um desafio e uma aprendizagem constante. Esta exposição a mercados globais e a diversidade de ideias impulsionam a inovação e a criatividade e, pela minha experiência, Portugal consegue, consistentemente, ser inovador e liderar em diversas vertentes, muitas vezes tendo os nossos projetos apresentados como case studies. Por último, as oportunidades de carreira e desenvolvimento que uma multinacional oferece são muito aliciantes e permite-nos olhar para o nosso crescimento com uma perspetiva global e não só local.
Como olha, no mundo do trabalho em geral, e na própria GSK, para os desafios ligados à igualdade de género, à diversidade e à sustentabilidade?
Este tema é algo que me toca muito, já que tenho a sorte de trabalhar numa empresa onde cada um de nós pode verdadeiramente ser quem é e onde fomentamos a equidade e não a igualdade. Refiro isto, pois as minhas necessidades enquanto mãe foram diferentes quando as minhas duas filhas eram bebés, são diferentes agora que elas são adolescentes e serão diferentes no futuro. O que funcionou para mim em termos de apoio não será o mesmo que funcionará para outro colega que precisa de dar apoio a familiares mais idosos ou a outro colega que precisa de apoio psicológico em algum momento da sua vida e, por isso, a GSK disponibiliza a todos os colaboradores e familiares diretos a possibilidade de apoio com cinco valências: profissional, emocional, social, jurídico e financeiro. A sustentabilidade é todo um mundo a ser explorado aos mais diversos níveis, seja no impacto ambiental, seja ao nível de impacto social ou até mesmo de boas práticas de gestão/ governança das empresas.
Em termos de sustentabilidade ambiental, a GSK foi uma das primeiras empresas do sector a definir metas ambiciosas para responder à emergência climática, que impacta o planeta e a saúde das pessoas. Por isso, tem tomado medidas significativas para reduzir a sua pegada, apostando na prevenção da doença e na promoção da saúde, para assegurar o alívio dos sistemas e a sobrecarga que os mesmos colocam no ambiente.
Que desafios espera, profissionalmente, nos próximos anos? E o que é que mais a motiva nessa perspetiva?
Em primeiro lugar, acredito que a GSK continuará a desafiar-me a ser melhor profissional e a continuar a crescer. Nos próximos anos, julgo que irei enfrentar desafios relacionados com a inovação contínua na área da saúde, novas abordagens de tratamento que irão incluir mudanças tecnológicas e regulamentares. A transformação digital que chegou rapidamente a muitas outras áreas está também a ter um impacto significativo na área da saúde, particularmente na indústria farmacêutica. Acredito igualmente que em relação à liderança de equipas vamos ter novos desafios, pois estamos cada vez mais num ambiente globalizado. O que mais me motiva nestas mudanças e nas novas tendências é a oportunidade de continuar a desenvolver-me e aprender, enquanto fazemos a diferença na saúde das pessoas e, internamente, ao liderar iniciativas que promovem os princípios da GSK de inclusão, diversidade e bem-estar dos colaboradores.
Gostaria ainda de destacar a importância do bem-estar e da saúde mental no local de trabalho. Tem sido um tópico que, recentemente, tem estado mais visível, mas que ainda tem algum estigma associado. Na GSK, temos iniciativas que promovem o bem-estar dos colaboradores, e acredito que isso é fundamental para a produtividade e a satisfação no trabalho. Estando há quatro anos consecutivos entre as 10 melhores empresas para trabalhar em Portugal, é muito importante reconhecermos esta prioridade e que todos os colaboradores se sintam confortáveis em abordar este tópico com os seus managers, sem julgamentos ou juízos de valor. Sinto que na GSK temos dados passos muito significativos a este nível e que continuaremos a fazê-lo no futuro.
—-
Tânia Saraiva tem uma carreira na indústria farmacêutica, com formação de base em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Complementou a sua formação com um MBA pela AESE/ IESE e especializou-se com uma pós-graduação em Marketing pela Universidade Católica.
Atualmente, ocupa o cargo de Specialty Care & Oncology Director na GSK, onde lidera a gestão do portfólio hospitalar da empresa. Considera uma parte essencial do seu trabalho a criação de sinergias eficazes entre as equipas de marketing, vendas, médica e de acesso ao mercado, para alcançar o bom desempenho da sua unidade.
Anteriormente, também na GSK, liderou a criação da unidade da oncologia e foi brand manager do portfólio de produtos na área de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica).
Antes da sua trajetória na GSK, acumulou uma experiência bastante diversificada na Novartis Farma, onde desempenhou diversos papéis, desde senior brand manager na área da neurologia e na área respiratória, tendo também tido experiência como medical science liaison, no Departamento Médico, e delegada de informação médica, na área de vendas.
Tânia Saraiva é casada e mãe de duas filhas adolescentes que têm contribuído muito para o seu desenvolvimento pessoal, pelos desafios que se colocam com as várias fases de crescimento. Valoriza muito o tempo em família e assume que sem o apoio constante do seu marido não seria possível o seu percurso profissional. Nos momentos de lazer, encontra o equilíbrio na corrida, uma atividade que lhe proporciona bem-estar físico e oportunidade de reflexão.
A GSK é uma empresa biofarmacêutica global que define a sua missão da seguinte forma: «Unir a ciência, a tecnologia e o talento, para, juntos, vencermos as doenças.» Tem vindo a desenvolver décadas de trabalho pioneiro para atingir metas de tratamento cada vez mais ambiciosas, desenvolver a próxima geração de terapêuticas-padrão e redefinir o futuro da medicina respiratória para centenas de milhões de pessoas com doenças respiratórias. Até 2025, a GSK aspira alcançar e manter globalmente a equidade de género a todos os níveis. Na área oncológica, está empenhada em maximizar a sobrevivência das pessoas com cancro, através de medicamentos transformadores. O sua pipeline concentra-se em imuno-oncologia, terapêuticas-alvo para células tumorais e letalidade sintética, focando-se em doenças malignas hematológicas, cancros ginecológicos e outros tumores sólidos.
NP-PT-NA-COCO-240008