Sempre se falou pouco do formador. Saber formar parece simples, mas é muito complexo, principalmente no caso da formação de adultos.
Texto: Paula Baptista Imagem: Freepik
Nos últimos 20 anos da minha experiência profissional, ouvi falar muito em formação, nas metodologias, nas formas de execução e por aí adiante. Mas sempre se falou pouco do formador. Saber formar parece simples, mas é muito complexo, principalmente no caso da formação de adultos.
A ciência de formar adultos é realmente complexa. Um bom formador tem de ter três características pessoais:
– CEO – Comunicação Excelente, e quando digo excelente comunicação é também saber Ouvir; sim, porque para se comunicar bem tem que se ter uma escuta ativa.
– CFM – Criar Ferramentas que criem Motivação.
– CAP – Capacidade de Analisar o grupo de Participantes e caracterizá-lo; esta última é difícil, mas é essencial (pode tratar-se de um grupo em que todos se conhecem ou o contrário, em que ninguém se conhece, mas o formador ao conseguir caracterizar o grupo tanto a nível comportamental como técnico vai utilizar as dinâmicas de aprendizagem mais eficientes.
Tendo estas características pessoais e trazendo consigo bons conhecimentos técnicos das suas áreas de intervenção, está feita a receita para se realizar um bom percurso formativo.
No entanto, não chegam estas três características. É necessário mais uma, a CRB:
– Certificação – Saber o que inclui a certificação de pessoas, e o que está sob a sua responsabilidade para que os participantes consigam corretamente obter um certificado, e acima de tudo que obtenham conhecimentos que possam ter impacto nas suas carreiras.
– Rigor – Identificar bens as regras de todos os intervenientes.
– Brio – É uma palavra estranha de se usar, mas ter brio é… ter brio profissional no que se faz, como se faz e como se apresenta.
São estes quatros Cês que me fazem escolher pro fissionais para trabalharem na equipa da High Skills como formadores. Selecionamos sempre profissionais com excelentes capacidades técnicas, mas acima de tudo têm de ter os quatro Cês, pois serão estes quatro Cês que os vão distinguir no desempenho das carreiras dos seus formandos.
Saber formar é criar valor na letra C. Sim, na letra C da palavra «Carreira». E sim, os quatro Cês podem vir também a ser aplicados nas carreiras dos nossos formandos – porque todos nós seguimos exemplos tanto positivos como negativos (se dermos um exemplo positivo de quatro Cês, os formandos inconscientemente poderão seguir esse exemplo).
No final do dia, ou melhor, no final deste artigo de opinião, o que conta é o impacto que tivemos nas carreiras das pessoas.
Paula Baptista, Consultora Estratégica de Formação na High Skills
High Skills
A High Skills nasceu para responder às necessidades de um mercado cada vez mais focado em desenvolver e consolidar competências que garantam uma vantagem competitiva. A formação e a experiência profissional e pedagógica dos seus consultores, provenientes de diversas áreas, resultam numa combinação teoria/ prática que a diferencia. A empresa assume-se perante o mercado como um projeto apostado na excelência do seu desempenho, estando vocacionada para a prestação de serviços de consultoria e formação no âmbito da atualização e do aperfeiçoamento de competências dos recursos humanos. A sua equipa tem mais de 20 anos de experiência no mercado da formação e da consultoria, com conhecimentos sólidos para desenvolver soluções específicas para empresas e para particulares.