Dia Mundial do Veganismo

40 mil portugueses seguem uma dieta vegan

Dieta vegetal é uma das tendências gastronómicas que marcam o futuro, revela o estudo «Global Gastronomic Trends 2022». Presente e futuro da gastronomia internacional passam por uma alimentação mais consciente e com mais alimentos plant-based. Mais de um milhão de portugueses seguem uma dieta essencialmente vegetal, e 40 mil adultos assumem-se como vegans. Nos países desenvolvidos, a taxa de penetração da dieta vegetal varia entre 10% e 20%.

Texto: Redação «human»

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As nossas cozinhas estão cada vez mais pintadas de verde. Nos últimos anos, assistimos a um tsunami de alimentos plant-based e esta tendência vai continuar a marcar o futuro, mostra o estudo «Global Gastronomic Trends 2022», que a Lantern, consultora de estratégia e inovação especialista no sector alimentar, lança este mês.

Na véspera do Dia Mundial do Veganismo, que se celebra internacionalmente a 1 de novembro, a consultora estima que 0,5% dos adultos portugueses sejam vegans (versus 0,7% em 2019), o que representa cerca de 40 mil portugueses. A alimentação maioritariamente vegetal é, no entanto, seguida por cerca de um milhão de portugueses, que evidenciam cada vez maior preocupação em conseguir um equilíbrio entre a saúde e a preservação do meio ambiente, com a alta cozinha a juntar-se cada vez mais a esta tendência.

«Há uma maior consciencialização em relação à dieta alimentar, com tendências muito interessantes, que nos mostram um regresso a sementes e a técnicas ancestrais,  novas formas de preparar os alimentos, combinações inovadoras e improváveis, ou esta sofisticação verde, como lhe chamamos», explica David Lacasa, partner da Lantern, a propósito do Dia Mundial do Veganismo, que se celebra esta terça-feira, acrescentando: «Há uma tendência para olhar cada vez mais para o plant-based, que tem uma personalidade própria e um potencial enorme a explorar, tanto ao nível do fine dining como das cozinhas domésticas.»

Ao todo, a Lantern encontra sete grandes tendências na gastronomia mundial, dados que irá apresentar num webinar, que se realizará no dia 28 de novembro e que está aberto para inscrição a todos os que queiram conhecer melhor as linhas que marcam a alimentação do presente e do futuro.

Em 2021, a Lantern fez uma extensa análise ao mercado português e concluiu que 11,9% da população era veggie, termo que  designa a soma de vegans, vegetarianos e flexitarianos. A maior parte dos consumidores considerava-se flexitariana, isto é, segue uma dieta alimentar menos rígida, que permite o consumo de carne e peixe de forma ocasional.

Com uma taxa de penetração que varia entre 10 e 20% nos países ocidentais, a Lantern identifica uma grande oportunidade para se passar de uma dieta assente em substitutos da proteína animal para alimentos plant-based que têm uma personalidade própria um enorme potencial para a criação de novas receitas. 

De assinalar que a Lantern é uma empresa de consultoria especializada no aconselhamento estratégico às empresas e marcas de consumo sobre a preparação para o futuro, ajudando-as na construção de estratégias de crescimento, branding e inovação. Com operações em Madrid, Barcelona e Lisboa, já realizou projetos para empresas como Bayer Consumer, Campofrio, Henkel, McDonald’s, Nestlé, Schweppes, Suntory ou Unilever.

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