Num ambiente de trabalho cada vez mais digitalizado, o que diferencia uma empresa não são os seus algoritmos, mas a sua capacidade de se adaptar sem perder a sua essência humana.
Texto: João Silva Imagem: Freepik
A digitalização transformou a seleção de pessoas, especialmente com o surgimento da inteligência artificial (IA). Segundo um estudo do LinkedIn, 86,1% dos recrutadores aceleraram os seus processos de seleção recorrendo à tecnologia de IA.
A implementação de filtros automáticos e vídeo-entrevistas permitiu processar um maior volume de pedidos em menor tempo, facto essencial em períodos de elevada procura, reduzindo assim o tempo de contratação.
No entanto, reconhecemos que a tecnologia não pode substituir a avaliação das competências interpessoais e da capacidade de adaptação. A tecnologia pode medir competências, filtrar palavras-chave num currículo ou até mesmo antecipar o sucesso teórico de um funcionário para uma função. E relativamente às soft skills? Como empatia, capacidade de adaptação a uma equipa diversa ou liderança sob pressão? A IA pode oferecer dados, mas é a intuição humana que percebe como um candidato se expressa, quais os seus valores e a sua habilidade de se relacionar num ambiente profissional. Esse «toque humano» é o que transforma um processo de seleção numa experiência que faz a diferença, tanto para quem procura talento, quanto para quem busca essa oportunidade.
A neurociência mostra algo que todos já sentimos: quando estamos perto de alguém, cria-se uma conexão que podemos perceber de imediato. Essa sensação de afinidade, confiança ou, em alguns casos, desconforto reflete como as nossas emoções e os nossos estados de ânimo influenciam diretamente as pessoas ao nosso redor. Num mundo cada vez mais impulsionado pela IA, são essas conexões humanas que nos lembram da importância de manter o lado emocional e próximo nas nossas interações.
A digitalização não vem para substituir, mas para somar, ajudando-nos a focar no mais importante: as pessoas. Na IMAN, sabemos que a tecnologia é útil, mas nada substitui as conversas espontâneas, as histórias que nos contam e as motivações reais que descobrimos ao «escutar de verdade». É aí que está o verdadeiro valor do que fazemos!
A abertura do nosso mais novo escritório em Aveiro demonstra que mesmo num mundo digital o contacto humano continua a ser imprescindível. Este espaço não é apenas mais uma localização, é um ponto de encontro onde a tecnologia se alia às relações pessoais. Ele permite que candidatos e clientes sintam que, embora utilizemos ferramentas avançadas para agilizar processos, ainda priorizamos as conversas presenciais, as reuniões que esclarecem dúvidas imediatamente e os vínculos que vão além de ecrãs. Porque num ambiente de trabalho cada vez mais digitalizado, o que diferencia uma empresa não são os seus algoritmos, mas a sua capacidade de se adaptar sem perder a sua essência humana.
A tecnologia pode ser rápida, mas é a proximidade humana que deixa marca. A verdadeira força está em equilibrar a inovação tecnológica com a proximidade e o trato direto, construindo pontes entre as necessidades do presente e as relações do futuro.
João Silva, Country Manager da IMAN Portugal
IMAN
IMAN é um grupo de empresas que ajuda e apoia os clientes nos seus desafios, alcançando um reconhecimento de mais de 30 anos. Destaca-se a aposta na inovação, melhorando processos, metodologias e ferramentas de forma a estar sempre na vanguarda. As suas soluções dirigem-se em grande parte às áreas de recursos humanos e outsourcing, em inúmeros sectores de atividade.