O futuro da gestão do talento

Tendências e estratégias para 2025

Texto e Imagem: SHL Portugal

A sessão foi aberta por Susana Almeida Lopes, chief executive officer (CEO) da SHL Portugal, que contextualizou a importância do tema no atual panorama da gestão de recursos humanos e apresentou o mais recente projeto da SHL Portugal de construção de um modelo de competências para o futuro. Raquel Andrade, director da SHL, apresentou as conclusões do estudo da SHL «Staying Ahead in 2025», trazendo insights sobre as expectativas da força de trabalho e os desafios que estas representam para as organizações.

As expectativas dos colaboradores e o impacto na gestão de pessoas

O estudo revelou tendências que não podem ser ignoradas pelas empresas:

– 83% dos colaboradores procuram oportunidades de mobilidade interna, não apenas numa lógica de progressão vertical, mas também no desenvolvimento de novas competências.

– 53% acreditam que as suas empresas não compreendem completamente as suas competências e interesses, revelando um desalinhamento entre as expectativas dos colaboradores e as estratégias das organizações.

 – 70% das gerações Millennials e Z valorizam a diversidade e inclusão na escolha de uma empresa, mas apenas 29% consideram que as suas organizações fazem avanços concretos nesta área.

A mudança tornou-se uma constante, mas 54% dos colaboradores sentem que não recebem apoio suficiente para lidar com os desafios da transformação.

Estes dados demonstram que, para atrair e reter talento, as empresas precisam de estratégias bem definidas para o desenvolvimento contínuo das suas equipas, apostando em processos transparentes e equitativos.

Tendências e estratégias para a gestão do talento

Madalena Ferreira, head of strategy & transformation da SHL, partilhou algumas práticas que têm sido adotadas pelas organizações para responder a estas mudanças. Entre as principais tendências destacam-se:

– Definição estratégica de competências, alinhadas com os objetivos de negócio e com as exigências do futuro.

– Mapeamento do talento para identificar as competências existentes e antecipar necessidades de upskilling e reskilling.

– Adoção de ferramentas de People Analytics para garantir uma gestão do talento mais objetiva e fundamentada em dados.

– Revisão de modelos de avaliação de desempenho e carreiras para incluir critérios mais ágeis, feedback contínuo e abordagens inclusivas.

Caso prático: redefinir funções para o futuro

O evento contou ainda com o testemunho de José Sintra, head of people strategy da Vieira de Almeida, que apresentou um caso de transformação da função de secretariado executivo. Identificada como uma das funções mais suscetíveis à automatização, a Vieira de Almeida apostou na sua reestruturação, criando novos perfis e áreas de especialização para aumentar a eficiência e o valor acrescentado da função.

O projeto revelou a importância de integrar diferentes perspetivas desde o início, garantindo que as transformações respondem de forma eficaz às necessidades do negócio e das pessoas.

O futuro da gestão do talento: o que está a mudar?

A sessão encerrou com um convite aos participantes para contribuírem para a continuidade do projeto sobre as competências mais importantes para as organizações portuguesas, desenvolvido no âmbito da parceria de investigação entre a SHL Portugal e o Ahead Project do ISEG. Este projeto tem como objetivo redefinir as competências críticas para o futuro do trabalho, garantindo que as organizações estão preparadas para enfrentar os desafios dos próximos anos.

Para participar no estudo, deve aceder-se aqui.

A gestão do talento está a evoluir rapidamente e as empresas que investirem nas competências certas, na transparência e no desenvolvimento contínuo estarão mais bem posicionadas para atrair, reter e potenciar os seus talentos no futuro.



SHL Portugal


A SHL Portugal é uma empresa de consultoria estratégica e de tecnologia para a gestão do talento, representante das soluções do Grupo SHL, que tem uma posição de destaque mundial em assessment talent analytics. Opera em cinco países de língua portuguesa e trabalha com centenas de organizações, dos sectores público e privado. Após celebrar 45 anos em 2024, continua a apostar na investigação e na inovação tecnológica aliada à inteligência artificial (IA).

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