O livro «Os Monociclistas e outras histórias do ano 2045», de António Ladeira, vai ser apresentado hoje, dia 13 de março, pelas 18H30, em Lisboa. Será no Auditório Agostinho da Silva, da Universidade Lusófona, com a apresentação a cargo do escritor Pedro Mexia. Haverá ainda uma intervenção de Carlos Fiolhais, professor catedrático da Universidade de Coimbra, sendo que o jornalista da RTP João Paulo Baltazar e o dramaturgo Joaquim Paulo Nogueira farão a leitura de alguns excertos. A edição é da On y va.
Texto: Redação Human
Se tivéssemos que descrever numa única expressão os textos reunidos em «Os Monociclistas e outras histórias do ano 2045», poderíamos arriscar simplesmente «contos de fadas tecnológicos». Neste que é o primeiro volume de histórias sobre, além de outras coisas, as relações entre tecnologia e ética, António Ladeira, constrói um universo futuro e distópico a que chama «O Território», numa clara homenagem à ficção científica.
Em cada uma das histórias, um dos fenómenos tecnológicos que transformou (e transforma) as nossas vidas (redes sociais, gigantes tecnológicos, videovigilância, educação digital versus tradicional, etc) sofre um processo inesperado de evolução graças à cumplicidade de regimes autoritários e totalitários. Entre ecos de Orwell, Kafka, Cortázar e Phillip K. Dick, é difícil dizer onde acaba a irrisão da ironia (e do jogo paródico) e começa um inquietante aviso à Humanidade.
A On y va tem prevista a edição de um segundo volume de histórias do ano 2045.
O autor de «Os Monociclistas e outras histórias do ano 2045», António Ladeira, nasceu na Cova da Piedade, Almada, em 1969, e viveu em Sesimbra até sair de Portugal, em 1993. Licenciado em «Estudos Portugueses» (Universidade Nova de Lisboa) e doutorado em «Línguas e Literaturas Hispânicas» (Universidade da Califórnia), é professor de literaturas lusófonas e diretor do programa de português da Texas Tech University, nos Estados Unidos (neste país também lecionou na Universidade de Yale e no Middlebury College). Tem trabalhos académicos e literários em inúmeras publicações («Colóquio-Letras», «Jornal de Letras, Artes e Ideias», «A Ideia», «Vértice», «Relâmpago», «Hispania», «Bulletin of Hispanic Studies», «Portuguese Literary and Cultural Studies», «Prairie Schooner», «Luso-Brazilian Review»). Publicou quatro livros de poesia, área em que está presente em antologias e revistas nacionais e internacionais. Fez rádio, colaborou no «DN Jovem» e foi crítico literário no «Diário de Notícias». É letrista do cantor-compositor luso-brasileiro Felipe Fontenelle e da cantora de jazz norte-americana Stacey Kent, nomeada para os «Grammy».